Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Siluro - o demónio no Rio Tejo

«DE DIA PARA DIA, DE ANO PARA ANO, O NOSSO PEIXE NATIVO ESTÁ A ACABAR. DAQUI A 4 OU 5 ANOS ACABA MESMO. OS SILUROS COMEM TUDO, NÃO DÃO HIPÓTESE»

É o terceiro maior peixe do rio do mundo, pode atingir 2,80 metros e pesar cerca de 120 Kgs. O siluro invadiu o rio Tejo e está a reproduzir-se e a dominar ‘como um leão’ a fauna deste rio. E não só piscícola, pois há relatos de caçar patos e pombos nas margens. Só na barragem de Belver estima-se que possam já existir 10 mil siluros e, sem predadores, muitos peixes nativos que lhes servem de refeição estão em risco de desaparecer. Os pescadores já estão a sentir esta redução nas suas redes e temem que em poucos anos o Tejo fique sem peixe nativo… e eles sem modo de vida. O ICNF diz que será elaborado um plano de ação a nível nacional.


Vídeo: Marcação de Siluros na Barragem de Belver  -   Créditos: H. Henriques/Alamal River Club  

Também chamado de peixe-gato europeu, o siluro (Silurus glanis) é um peixe voraz e um predador de topo que não encontra rival e facilmente domina o ambiente onde entra. É o terceiro maior peixe de rio do mundo e pode atingir 2,80 metros e pesar cerca de 120 Kgs. Nativo da Europa Central e Oriental, o siluro foi introduzido na Península Ibérica na década de 1970, na barragem do Riba-Roja, no rio Ebro, em Espanha. Os especialistas acreditam que a partir daqui terá dispersado ou sido introduzido no Tejo por pescadores desportivos uma vez que é um troféu aliciante para esta comunidade. Ao Baixo Tejo terá chegado por volta de 2006.

Desde então tem vindo a reproduzir-se para números preocupantes. «Quando começamos a estudar a espécie em 2016, numa campanha de campo, apanhávamos aproximadamente 10 peixes durante uma semana. Actualmente, em três dias, apanhamos entre 20 e 30 siluros. Hoje em dia é comum os pescadores profissionais reportarem capturas de 30 a 50 siluros por dia. Em França, num rio mais frio e não tão produtivo como o Tejo, colegas da Universidade de Toulouse que trabalham com o siluro estimaram que em cada metro de rio existia um siluro adulto, com mais de um metro.

Os gémeos Dino e Dario Ferrari, de  Casalmoro (Mantova) entraram no Guiness 
com esta captura (spinning) de um siluro com 2,67m e 127 kgs

O perigo está literalmente à espreita. «O rio Tejo tem uma fauna única em Portugal, isto porque uma boa parte dos peixes nativos são endémicos de Portugal e Espanha, isto é, em todo o mundo só existem na Península Ibérica. E duas dessas espécies são endémicos do Tejo - só existem no Tejo e em mais lado nenhum do mundo - são elas a Lampreia-do Nabão e a Boga-de-boca-arqueada de Lisboa, esta última existe no troço principal. O rio Tejo tem ainda um conjunto de vários peixes migradores importantíssimos para nós, como a lampreia-marinha, a enguia-europeia, o sável, a fataça, todos eles são um recurso económico importantíssimo para as várias dezenas de pescadores que vivem nesta região. Também estes peixes migradores fazem parte da cultura do Ribatejo, dos pescadores Avieiros desta zona, fazem parte da identidade desta região. Ora o siluro é um predador de topo, é como ter um leão dentro de água, ninguém o preda e irá atingir enormes densidades alimentando-se destes peixes nativos» destaca Filipe Ribeiro, Doutorado em Biologia da Conservação e que  trabalha com peixes dos rios de Portugal desde 1998


segunda-feira, 16 de julho de 2018

Tipos de pescadores



Há 3 tipos de pesca 

- Pesca de consumo (industrial ou artesanal) - praticada em água salgada ou doce, destina-se à captura de espécies para consumo;

- Pesca desportiva - pode ou não ser de competição e praticada tanto no mar como em águas interiores e exige conhecimentos aprofundados;

- Pesca lúdica - praticada pela maioria das pessoas nos seus tempos livres, férias, etc, não requer grandes conhecimentos;

Os 10 Tipos de pescadores

- Pescador profissional - o que faz da pesca o seu modo de vida;

- Pescador desportivo - o que pratica a pesca de competição;

- Pescador ecologista - aquele não suja o pesqueiro e que devolve à água todas as capturas, chegando a casa sempre de mãos a abanar, criando dúvidas à mulher (se realmente foi mesmo pescar);

- Pescador predador - é a besta assassina - mata e leva para casa tudo o que consegue capturar mas, mesmo assim, nunca está satisfeito;

- Pescador sortudo - normalmente são os iniciantes, que, com uma sorte do catano, capturam sempre o melhor exemplar;

- Pescador lateiro - leva a geleira carregada com todo o tipo de bebidas e comidas e passa mais tempo com a lata ou garrafa na mão do que em acção de pesca;

- Pescador familiar - leva a família - mulher, filhos, sogra e o cão;

- Pescador poupado - falta-lhe sempre material - pede ao pescador do lado anzóis, linhas, bóias ou chumbadas;

- Pescador cientista - mede tudo ao milímetro, faz-se acompanhar por tabelas, bússola, calculadora, sextante e telemóvel, e procura o lançamento perfeito;

- Pescador delicado - faz-lhe muita aflição mexer nas minhocas, no camarão, lula ou peixe, por isso leva sempre umas luvinhas de látex;


quinta-feira, 10 de maio de 2018

O peixe que come gaivotas.

Mar das Seychelles - o peixe que come gaivotas - o xaréu gigante.